domingo, 9 de outubro de 2011

Atordoado

Não grita, corpo que em brasas, encontra-se atordoado
As lagrimas rolam em teu rosto e a aflição se embola em teus pés
Os graves sons te assustam e os agudos te fazem chorar
As brigas e intrigas te levam a loucura
Tens vontade de fugir, correr, esconder teu rosto e de teus ideais desistir
Tens vontade de abrir a boca e falar para as vozes ouvir todos os teus sentimentos
Teus lamentos cobrem tua alma, te deixa em chamas e acaba com a tua calma
Grita, grita o teu louco som, tua canção que te deixa maluco, maluco é o teu existir
Fala tudo, e conta os teus segredos e os teus medos deixa de lado
Abre as cortinas do medo e te acostuma com elas
Os rios do choro, seca-os e toma o que é teu por direito
E não desiste do que já conseguiste até o atual momento
E joga no vento tudo o que te assola .
E vai embora,
embora
e chora.
Matheus Linhares

Nenhum comentário: